Como funciona a isenção de imposto de renda para aposentados e pensionistas portadores de doenças graves.

A Lei nº 7.713/88, garante a isenção do Imposto de Renda sobre os proventos de aposentadoria, reforma ou pensão para pessoas que sejam portadoras de determinadas doenças graves.

O objetivo é aliviar a carga tributária sobre aqueles que já enfrentam desafios significativos de saúde.

Como funciona essa isenção?

➡️Diagnóstico da Doença Grave:

O primeiro passo é ter um diagnóstico definitivo de uma das doenças consideradas graves pela legislação. A lista dessas doenças é taxativa e inclui, por exemplo:

AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida);

Alienação mental;

Cardiopatia grave;

Cegueira (inclusive monocular);

Contaminação por radiação (com comprovação médica);

Doença de Paget em estados avançados (osteíte deformante);

Doença de Parkinson;

Esclerose múltipla;

Espondiloartrose anquilosante;

Fibrose cística (mucoviscidose);

Hanseníase;

Hepatopatia grave;

Neoplasia maligna (câncer);

Nefropatia grave;

Paralisia irreversível e incapacitante;

Tuberculose ativa;

➡️Laudo Médico Oficial: Para comprovar a doença, é necessário obter um laudo médico emitido por um serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Esse laudo deve atestar a existência da doença grave, especificar a sua natureza e o momento em que a doença foi contraída (se possível determinar).

➡️ Requerimento da Isenção: Com o laudo médico em mãos, o aposentado ou pensionista deve solicitar a isenção do Imposto de Renda.

➡️Pontos importantes a considerar:

A isenção se aplica apenas aos proventos de aposentadoria, reforma ou pensão. Outros rendimentos tributáveis do aposentado ou pensionista (como aluguéis, rendimentos de aplicações financeiras, etc.) continuam sujeitos à tributação.

A data do diagnóstico da doença é crucial. A isenção passa a valer a partir da data em que a doença foi contraída, conforme o laudo médico. Isso significa que, em alguns casos, pode haver direito à restituição de valores pagos indevidamente.

É fundamental obter um laudo médico oficial completo e detalhado. Qualquer inconsistência ou falta de informação pode atrasar ou até mesmo impedir a concessão da isenção.

Em caso de dúvidas ou dificuldades, é recomendável buscar orientação de um advogado tributarista ou de um profissional especializado em direito previdenciário. Eles poderão auxiliar no processo e garantir que todos os seus direitos sejam respeitados.

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